Comichão
O maior órgão do corpo humano é a pele, em consequência, é onde surgem o maior número de moléstias, que mesmo aparecendo sem gravidade, incomodam o organismo em geral. Uma simples coceira, se não for tratada, poderá causar uma infecção se espalhando pela corrente sanguínea.
O raciocínio médico acima é ideal para um comparativo com a formação do Estado Brasileiro. A pele nacional seriam os municípios, que estão sujeitos à maioria das enfermidades políticas do Brasil. Nosso país necessita de uma reforma estrutural de base, que não está na mudança do Congresso ou na conjuntura dos Estados/membros, tudo o que o Brasil tem de pior acontece nos municípios, são fatos políticos, administrativos e ditos autônomos, porque os municípios não praticam a autonomia a quem têm direito, mas aquela que parece a cada qual ser a melhor.
Ao longo da história nacional, o número de municípios tem crescido sem critério e agora é o momento de uma inversão, um enxugamento estrutural de municípios no país, assim, teríamos menos prefeitos e menos vereadores, e uma produção de bens e serviços maior, com despesas enxutas e uma redução substancial de impostos.
Trono
No segundo império brasileiro surgiu de vez a aristocracia nacional, formada pelos produtores de café, que recebiam título de barão concedido (vendido) pelo imperador. Eles, os barões, tinham filhos e filhas, que procuravam casá-los com os da mesma classe social ou acima.
Corria um ditado: casar uma filha era dar carga para um burro; casar um filho era dar um burro para a carga.
Heill!
O bigodinho mais icônico do mundo, mesmo simbolizando o mal, é o de Hitler. Ele não era usado por gosto ou moda, foi uma necessidade militar, quando o soldado Hitler pertencia ao exército germânico da Primeira Guerra Mundial, na qual surgiram o uso de gases (o pimenta e o mostarda eram os mais usados). Nas trincheiras, os soldados usavam máscaras para proteção e Hitler ostentava um bigodão que permitia a entrada de gás no sistema respiratório. O médico do seu batalhão foi obrigado a raspá-lo, o bigodinho veio depois.
Cardápio
O terceiro homem mais rico do mundo, o norte-americano Warren Buffet, tem sua fortuna lastreada em papéis do mundo inteiro. Quando as bolsas estão em baixa, o investidor desce do vigésimo andar do prédio onde ficam seus escritórios para almoçar no restaurante do térreo, pede um cachorro-quente. Com a bolsa em alta, mister Warren abusa: pede um hambúrguer completo. O costume dele serve de parâmetro para que os clientes do restaurante saibam por quantas andam as cotações. (Isso não é piada).
Refri
A maior empresa de refrigerante do mundo mantém filiais em todo o planeta, até na China comunista. Aqui em Monte Alto a gente vê uma carreta do produto descarregando em supermercados, ao mesmo tempo, um entregador isolado coloca meia dúzia de garrafas ou latinhas no ombro para entregar em um carrinho de cachorro quente.
Guerra Fria
A Rússia e os EUA, a primeira milenar, os segundos seculares, viveram o tempo todo em estado de tensão, uma guerra psicológica, porque conflito real nunca existiu entre os dois países, que foram aliados na primeira e segunda guerras. Em qualquer luta armada que acontecer na terra, ambos os países serão contrapeso. Caso os dois não apoiem ninguém, não haverá guerra, as duas nações têm o poder de um cala-a-boca universal.
A história não aceita um SE. O que aconteceu é fato concreto, se pudesse cogitar mudanças, o SE seria herói. Se na primeira guerra mundial os EUA não se aliasse à Europa, a Alemanha teria vencido com uma aliança russa; na segunda grande guerra, se a Rússia apoiasse a Alemanha, os aliados seriam derrotados mesmo com os EUA à tiracolo. Assim, uma profusão de SEs teriam feito um mundo melhor ou, quem sabe, pior.
Santa Klaus
No início do século XX, os países escandinavos cultuavam uma figura pública real, escolhida pelo povo para que nos dias mais frios saísse pelas comunidades distribuindo alimentos para as famílias que não conseguiam caçar. A pessoa escolhida era vestida de verde para efeito de camuflagem e carregava alforges com alimentos. As comunidades chamavam a figura de Santa Klaus, que seria na versão ocidental o papai noel. Com o tempo, a personalidade foi esquecida, porque o povo conseguia estocar comida para o frio. Desnecessária, Santa Klaus se tornou folclórica e poucas comunidades mantinham a tradição.
Em 1947, uma empresa de refrigerante dos EUA usou a lenda para criar um personagem para publicidade mundial, era o papai noel vestindo as cores da bebida gasosa, adaptado ao clima invernal do hemisfério norte, coincidente com o natal cristão. Como não havia fome no natal norte-americano, o papai noel tratou de distribuir presentes para as crianças, principalmente brinquedos. Graças à publicidade maciça, o papai noel ganhou o mundo e voltou à escandinava.
SE (olha o se de volta!) a história tivesse acontecido na Rússia, a bebida seria a vodka e a molecada chegaria ao natal cambaleando. Oh…Oh…Oh!
Rota
Em 1852 foi criada uma rota marítima internacional de barcos a vapor; a empresa era a Internacional Packet of América. Um dos trajetos era a ligação Rio de Janeiro/Southampton, na Inglaterra. A viagem durava 28 dias. No Brasil, o barco era chamado de paquete, nome aportuguesado. O carioca sempre foi bem humorado, não perdeu tempo, passou a chamar o ciclo menstrual de paquete. Tempo igual ao da viagem. As mulheres levaram numa boa e o nome foi esquecido depois dos anos setenta, do século passado.