ROZA MICHELONI PIVETTA, ou dona Rosita, como é conhecida por todos, nasceu aos 15/09/1930, filha de Francisco Micheloni e Julia Furlaneto Micheloni. Tem como irmãos Luiz Micheloni (in memorian) e Jose Aparecido Micheloni.
ESTUDO- “Estudei na escola 9 de Julho em Taquaritinga, onde conclui o magistério.
No começo dos anos 50, mudei para Monte Alto, onde comecei a dar aulas”.
PROFISSÃO- “Como professora primária tomei posse na Escola Dr. Raul da Rocha Medeiros, assumindo a classe no bairro Anhumas. Fui residir no bairro, primeiramente na casa de Arthur e Noemia e depois, na residência de Sr. Avelino Zanerato. Para chegar até a escola, o local era de difícil acesso, percorrendo em média dois quilômetros a pé. A escola era pequena e simples. Cada classe continha de 40 a 47 alunos anualmente, divididos em 1°, 2 ° e 3° anos, sendo que sentavam três alunos por carteira. Os alunos eram na maioria da colônia japonesa sendo das famílias: Fugita, Hori, Saito, Nagassaki, Murata, Kurihara, Tsuda, Honda, Ianagawa, Kamimura, Suzuki, também brasileiros como da família: Oliveira, Pereira, Nogueira, Silva, De Grande, Carnavalli, etc… Quando havia festa na escola, eram recheadas de doces e delícias japonesas.
Passados anos, mudei-me para cidade de Monte Alto e assumi a classe do 4° ano na Escola Dr. Raul da Rocha Medeiros, onde lecionei até aposentar-me.”
ATOS CÍVICOS – “No bairro rural, com os alunos eu ensaiava os hinos Nacional e da Bandeira, bem como confeccionava de tecido a bandeira do Brasil e nas datas cívicas de 7 de Setembro e 15 de Novembro hasteávamos a bandeira e desfilávamos no pasto ao redor da escola, muitas vezes, acompanhados pela banda Marcial que existia na cidade, que o Prefeito enviava para o bairro. Assim, incutia nos alunos ato de civismo”.
FESTAS JUNINAS – “Nas datas comemorativas de São João, Santo Antônio e São Pedro, no bairro rural eu organizava festas no sítio, fazia bailes, para arrecadar fundos para comprar materiais escolares que faltavam.
Quando lecionei na escola Dr. Raul da Rocha Medeiros, preparava as festas juninas, enfeitando todo pátio, sendo que os alunos dançavam a quadrilha, realizam o casamento caipira e a dança das fitas”.
CATEQUESE – “Quando morava no bairro Anhumas, dava encontro de catequese para as crianças daquela localidade, sendo a responsável pela formação das crianças para a primeira comunhão que ocorria no dia 16 de Julho, dia da padroeira, Nossa Senhora do Carmo”.
HONRA AO MÉRITO – “Em 1954 o então Governador do Estado de São Paulo, Jânio Quadros, criou para vários segmentos da sociedade uma maneira de homenagear aqueles que se destacavam, então foi criada a medalha do quarto centenário.
Houve uma solenidade em São Paulo, onde fui convocada e lá agraciada pelo governador e pela Secretária da Educação, Carolina Ribeiro, com uma medalha de Honra ao Mérito, por ter promovido 100% dos alunos. Fui acompanhada do meu esposo, foi um ato cívico belíssimo”.
CASAMENTO – “Aos 19 de Dezembro de 1959, casei-me com Melves Pivetta, no bairro Anhumas, na igreja Nossa Senhora do Carmo com uma linda festa.
Tivemos dois filhos: Sevlem Geraldo Pivetta casado com Lourdes Falchetti Pivetta, pais de Vitor e Raissa e Silvana Ines Pivetta Abrão, casada com Sandro Cesar Abrão, pais de Ian e Iasmim.
Como moradora da cidade de Monte Alto, sempre participei de trabalhos voluntários, bem como da igreja, dando aulas de catequese, exercendo o ministério da Eucaristia, na pastoral da saúde. Hoje, com 86 anos, visito os doentes, os moradores do asilo, sempre levando uma palavra amiga e reconfortando, fazendo orações, pedindo bênçãos, proteção e agradecendo à Deus”.
ESPOSO MELVIS – OFÍCIO E ARTE – “Naquela época meu marido era agricultor, mas além do trabalho que exercia na roça, nos finais de semana fabricava artesanalmente carroceria de charrete, sob encomenda, sendo este um trabalho pioneiro na região. Ele fazia tudo debaixo de uma árvore, peça por peça. Aprendeu sozinho essa arte, produzia também carrinhos e bancos, era um verdadeiro artista”.
MENSAGEM – “Jovens, creiam em Deus, estudem, trabalhem, sejam dignos e honestos”.