As atividades realizadas pelo Museu de Paleontologia de Monte Alto vão além da conservação dos fósseis e da exibição das peças aos visitantes. Mais do que os constantes programas voltados para ação educativa e extensão ao público em geral, as escavações e a pesquisa científica não param dentro das paredes do museu – e este trabalho tem rendido bons frutos.
Entre os dias 21 e 25 de outubro, a coordenadora do Museu, Sandra Tavares, esteve na Universidade Federal de Uberlândia (Minas Gerais), onde participou do XXVI Congresso Brasileiro de Paleontologia, evento científico nacional mais importante sobre o tema. Também marcaram presença no evento os paleontólogos montealtenses Fabiano Vidoi Iori e Thiago Schneider Fachini, apresentando trabalhos com fósseis do acervo local.
Na ocasião, foram exibidos trabalhos com diversos temas, dentre eles a reestruturação curatorial e expositiva realizada no Museu de Paleontologia entre os anos de 2016 e 2018, possibilitando a solução de problemas de umidade, iluminação e acessibilidade. Ainda foram motivo de estudo as três oficinas criativas oferecidas ao público infantil em julho deste ano, durante o evento intitulado “Museus em Festa”, como possibilidade e estratégia de educação não-formal no campo da Paleontologia e das Geociências, enfatizando o lúdico e a criatividade.
Também foi apresentado um trabalho que descreve os novos fósseis de dinossauros e crocodilos, encontrados pelo ciclista André Giacherini em 2017, em uma trilha de Monte Alto. Outros dois temas expostos foram a ocorrência de fósseis de um crocodilo da família Baurusuchidae, em Fernando Prestes, e a descrição do hábito de vida gregário, ou seja, de viverem juntos, na época do Cretáceo Brasileiro, do crocodilo Montealtosuchus, que leva o nome em homenagem a nossa cidade.